domingo, 24 de fevereiro de 2008

Epidemias de Gripe aviária: um caso de salto parasitário


Nós vimos em sala de aula que salto parasitário se estabelece quando uma cepa viral passa, por mutação, a ter capacidade de parasitar outro tipo de célula ou outra espécie que antes não o fazia. Isso ocorre porque vírus são parasitas extremamente específicos e só realizam a acoplagem e inoculação do vírion em um determinado padrão celular (salvo mutações).


Seguem duas interessantes e assustadoras reportagens, extraídas a pouco da Folha de São Paulo, que demonstram casos do salto parasitário.


Nova morte por gripe aviária aumenta para 104 as vítimas na Indonésia
da Efe, em Jacarta

Um jovem de 16 anos morreu por causa da gripe aviária na Indonésia, elevando para 104 o total de mortos no país mais afetado pela doença, informaram as autoridades de saúde neste sábado.
O adolescente morreu no último dia 10 na cidade de Solo (cerca de 450 quilômetros a sudeste de Jacarta), segundo comunicado publicado no site do Ministério da Saúde. Ele foi internada em 3 de fevereiro, após apresentar sintomas da doença, e os exames deram positivo para a cepa H5N1, a mais fatal das variantes conhecidas da gripe aviária.
A Indonésia se transformou no começo do ano no primeiro país a superar as cem vítimas fatais por causa da doença, que se transformou em endêmica nas ilhas de Java (a mais povoada), Sumatra e Bali, assim como na região meridional das Célebes.
A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) advertiu recentemente que os recentes focos da doença em vários países mostram que o vírus continua sendo uma ameaça em escala global.
Os vizinhos da família do adolescente têm galinhas contaminadas e o garoto teria matado uma delas antes de apresentar os sintomas da doença, segundo o ministério.
Segundo a contagem divulgada ontem pela WHO (Organização Mundial da Saúde, na sigla em inglês), desde 2003 já foram relatados 361 casos da doença --incluindo neste total as 227 mortes já registradas (a organização registra apenas casos confirmados após exames laboratoriais).
O vírus H5N1 tem se propagado rapidamente por todo o mundo, primeiro em aves de curral e depois em aves silvestres. A doença matou milhões de animais em mais de 60 países, a maioria desde 2003, mas o vírus ainda não sofreu mutações suficientes para se transformar em uma causa de doença comum entre humanos.


Indonésia registra segunda morte por gripe aviária nas últimas 24 horas
da Efe, em Jacarta

Um bebê de três anos morreu por causa da gripe aviária, a segunda vítima nas últimas 24 horas, o que aumenta para 105 o total de mortos pela doença no país mais afetado do mundo pelo vírus, informaram neste domingo (17) as autoridades sanitárias.
O menor morreu na sexta-feira em um hospital da capital, confirmou um porta-voz do Ministério da Saúde, segundo a imprensa local. As análises feitas deram positivo para a cepa H5N1, a mais mortífera do vírus.
Há menos de 24 horas, um jovem de 16 anos também morreu por gripe aviária na cidade de Solo, a cerca de 450 quilômetros ao sudeste de Jacarta.
A Indonésia se transformou no começo do ano na primeira nação que superou as cem vítimas mortais da doença, que se tornou endêmica nas ilhas de Java (a mais povoada), Sumatra e Bali, assim como na região meridional das Célebes.
A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) advertiu recentemente que os últimos focos da doença em vários países demonstram que o vírus continua sendo uma ameaça em escala global.



Vírus H5N1

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Robôs 'terão inteligência humana em 20 anos', dizem especialistas


Em 20 anos, os robôs poderão ser tão inteligentes quanto os humanos, segundo projeções de especialistas da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
De acordo com os especialistas, reunidos neste fim de semana nos Estados Unidos para discutir os 14 maiores desafios da humanidade neste século, máquinas e humanos poderão "se fundir" num futuro não muito distante.
Para o engenheiro Ray Kurzweil, a humanidade está à beira de avanços antes inimagináveis, como a instalação de robôs minúsculos no cérebro, que o tornariam "mais inteligente e saudável".
"Nós poderemos ter nanobots (chips) inteligentes que entrariam no cérebro a partir dos vasos capilares e poderão interagir diretamente com nossos neurônios biológicos para melhorar a capacidade de memória, por exemplo", disse ele, em entrevista à BBC.



"Isso é parte da realidade da nossa civilização", disse ele.






O engenheiro acredita que em 2029, a humanidade terá os recursos de inteligência artificial necessários "para que máquinas atinjam a inteligência humana, inclusive a inteligência emocional".
Ray Kurzweil acredita que será possível implantar no cérebro um computador do tamanho de um grão de ervilha para substituir neurônios destruídos pelo Mal de Parkinson.
"A última geração deste implante neural permite que se baixe um software para um computador dentro do cérebro do paciente", explica ele.
"E isso não é um experimento, já é uma terapia aprovada para o tratamento de Parkinson. Isso significa que o estamos fazendo grandes progressos".
Para os especialistas, alguns dos grandes desafios para a humanidade neste século incluem a resolução de problemas com fontes de energia alternativa, o desenvolvimento de realidade virtual, e o acesso à água potável.